quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

ao horizonte


... o barão parte para lugares distantes, para distantes perigos. Parte para a caverna dos condenados, para a península dos culpados, parte para lugares terríveis. Nos portos de sua jornada, amores tristes olham desolados o horizonte verde do mar sem fim. Nos dias que o barão parte, os olhares acompanham a figura sumir na curva do mundo, e nas outras noites eternas, os olhos buscam a sombra que prometeu retornar, com um belo sorriso nos lábios, e o peso da humanidade na alma. O que procura o barão? Porque parte agora, com tristeza e silêncio? Que terrível perigo ele agora deve enfrentar? Que inimigo poderoso assombra sua mente? Que temor pesa em sua alma? O barão não sorri. Não acena, apenas se despede de seus amores com o coração pesado e um silêncio nos lábios. Somente ele sabe o que procura.