quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

ao horizonte


... o barão parte para lugares distantes, para distantes perigos. Parte para a caverna dos condenados, para a península dos culpados, parte para lugares terríveis. Nos portos de sua jornada, amores tristes olham desolados o horizonte verde do mar sem fim. Nos dias que o barão parte, os olhares acompanham a figura sumir na curva do mundo, e nas outras noites eternas, os olhos buscam a sombra que prometeu retornar, com um belo sorriso nos lábios, e o peso da humanidade na alma. O que procura o barão? Porque parte agora, com tristeza e silêncio? Que terrível perigo ele agora deve enfrentar? Que inimigo poderoso assombra sua mente? Que temor pesa em sua alma? O barão não sorri. Não acena, apenas se despede de seus amores com o coração pesado e um silêncio nos lábios. Somente ele sabe o que procura.

Um comentário:

Eduardo Ferreira disse...

olhe la, bem distante... apos aquela duna dorme uma antiga paixao.

estamos nos mar? nao existem dunas por aqui? ah... nao sobrou nada nesses olhos alem do deserto depois que ela se foi. deixe-me com o deserto ao horizonte